quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Decepção

Escrevo,
não conto verdades
nem mentiras,
opiniões fúteis.

Desminto
digo
e repito.

Fico parado,
Tentando ouvir o silêncio
que já é tão difícil
e absurdo.

Sendo gentil
com aqueles que na verdade
desejo a morte.

Fingindo ser
tudo que não sou
fingindo saber
tudo que na verdade sou.

Realidade escondida
dentre milhares de mentiras
complicadas de se ver
aos olhos de um leigo.

Escondendo palavras
Acrescentando vírgulas
em uma caixa
perdida na solidão.

Já não sei se tudo que sou
é o suficiente para a rendição
ao pouco que você é,
vejo o futuro
e não sei se desejo impedi-lo.

Não consigo enxergar a verdade
nos teus olhos
não sei se é teu corpo
ou tua mente.

Tudo que sinto é uma miséria
nada é representado
você me diz coisas sem pensar
que me doem
e eu já não sei o que dizer,
fazer.

Sou,
faço,
tento,
nada do que digo
representa tudo que sinto.

Humilde,
mesmo assim
pelo que vejo
estarei esperando
de braços cruzados
cantando a vitória
que nada representa
que não tem bem algum
mas que é inevitável
se não começar a me ouvir
tudo estará fardado
a...

Decepção.

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