sábado, 19 de outubro de 2013

Capítulo dois.

Pessoas que
estudam pessoas.

Assim coloco em
evidência o assunto
que mais amo tratar.

Conto
contos com
encantos.
Encantado com
o canto único
que somente um
ser humano produz.

Uma luz
que cada um emite
que me seduz.

Transluz
de forma divina
independente de
trabalho ou
cruz.

Ah, se cada
um soubesse
o valor que
seus atos tem.

Talvez eu seja
apenas alguém que crê
em utopias
por ter visto
o que podemos fazer.
Ao menos não são sonhos,
não são quimeras.

Todos nós nascemos
com a possibilidade
de construir ou
destruir, de amar
ou odiar, de ser Hitler ou
Gandhi.

Não importa o que é
mais egoísta, cada um
pode mudar o mundo
de alguém com
a pura nobreza
que temos.

Um abraço, um olhar,
um toque, um respeitar.

Mesmo que não haja luar,
acreditamos que o sol
irá voltar.

Então qual o problema
de acreditar que
podemos mudar?

Isso me lembra um fato.

Foi em janeiro do ano
passado ou retrasado.

Me raptaram e
me levaram à um lugar
onde aprendi a me importar.

Aprendi principalmente
com o que me importar.
E que mesmo que me humilhassem,
nem sempre o ideal era revidar.

Buscando o equilíbrio que tanto
ouvira falar, decidi
mudar.

E decidi também não ir
sozinho, pois entendi
que a solidão não me
levara a lugar nenhum
até então.

Você pode escolher
não acreditar, mas cada um
sabe o quanto pode brilhar.

E por enxergar este brilho,
decidi levar a lua para
aquele lugar.

Não para que eu
a visse chorar e
sim pelo quanto
seu brilho conseguia
afagar.

Escrevi, como aqui escrevo.

Um grito de sinceridade
e compaixão.

Um abraço
naquele que
precisa de uma
mão.

E no domingo,
santo ou não, mais uma vez
senti a resiliência
do coração.

Coração, que como
muitos outros
havia sido
torturado.

Com ou
sem razão.

E que mais uma vez
batia com vontade
de alcançar o
inalcançável.

Milagre ou
força de vontade,
não importa.

Já vi nascer flores
de felicidade mesmo
nos terrenos menos
férteis, mesmo
que regadas por lágrimas
salgadas.

Não importa de onde você é
ou o que deseja ser, não importa
se é negro, amarelo ou branco.
Se é homem ou mulher, se
é juiz ou réu,
se acredita em totens ou jesus.

Todos carregam consigo
seu próprio inferno e
seu próprio céu.

E talvez precisemos aprender
a nos rebaixar e
reconhecer nossos sentimentos
que mais nos tornam frágeis.
Como a dor, o ódio e o amor.

Só então entenderemos
que o inferno não são
os outros e que o céu
não está além.

Só assim amaremos
com a mesma facilidade
que odiamos.

A sua verdade é
tão verdadeira e tão
falsa quanto a minha.
Então para que estar
do lado da verdade sempre?

Se o certo não é certo
que seja tão certo
quanto dizem que é.
Se a vitória tira
o sorriso do outro.
Se uma derrota
acolhe o outro.
Se sou esta inconstância
aversiva a qualquer coisa metafísica, então,
eu não quero estar certo,
eu não quero vencer,
eu não me importo de admitir meu erros,
eu não me importo em ceder.

Pessoas que estudam pessoas,
pessoas que acreditam em pessoas,
pessoas que amam pessoas.

Pessoas que nos marcam,
pessoas que nos deixam.

Todo este
texto se esvai.
Mas assim como a vida
permanece.

Toda as falas
de mudança
também se vão.

Aquilo que fica
são as atitudes
de quem vê no próximo
um irmão.

Um sorriso de gratidão.

Para que possamos
lembrar de que
mesmo com todos os problemas,
sempre haverá solução.