segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O título eu esqueci.

Passei algumas noites
sonhando com armas
e sangue
pra esquecer a sensação
de tocar em você.

Comecei a beber
e no meio da bebedeira
fiquei com mais vontade de me
embebedar.

Meus sonhos não se decidem,
minha mente já está viciada
e eu já escrevo
coisas sem sentido
sem perceber.

Procuro alguém,
alguma razão,
uma ideologia.

Meu humor tem mais fases que a lua
e ontem mesmo
eu era a pessoa mais feliz do mundo
e agora, não que eu esteja triste,
provavelmente só estou bêbado.

Estava feliz,
por estar com aquela amiga de velhos tempos,
loira, que peguntou dos amigos quase falecidos
dos tempos de escola
eu estava feliz, mesmo quando o rapaz com o mesmo nome que eu
contou histórias mais divertidas do que as que eu sequer
conseguia imaginar.

E hoje estou triste,
não quero mais pensar,
só quero que me reguem
e me carreguem.

E hoje,
poderia escrever as coisas mais tristes
que já foram escritas
e poderia escrever mais e mais
e incrementar este texto até ser o mais triste
e o mais bonito que alguém já leu, mas aí,
eu só estaria copiando Neruda.

Tirem estas latas de cerveja daqui,
me dêem coragem
e vão embora, esta doença
tem nome.

E este texto eu nem devia publicar...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Prima de quinto grau.

Feliz de dia,
triste de noite
é estranho, mas
compreensível.

Na verdade
é uma verdade triste
porque de noite ele pode pensar.

O guri sabe explicar
porque as pessoas vivem
pelo que elas morrem
e porque elas tentam amar.

O guri só não sabe explicar
porque anda pensando tanto
na guria dos cabelos perfeitos
que não pode andar.

Não sei se é pelo rato,
- com todo respeito a Felícia -
pelo video-game
ou pelos óculos.

O guri nem sabe
porque dentro de tantas pessoas
que quiseram estar por estas linhas
ele escolheu falar dela.

E quando ela pergunta
no que ele andou pensando
ele fica sem graça de falar.

Mas quem sabe,
no dia em que ele se aproximar ao máximo
da figura endeusada pelos clérigos
possa criar tais asas
e voar pra lá.

O guri já quis explicar
porque as pessoas vivem
pelo que elas morrem
e porque elas tentam amar.

Ele só não sabe explicar
porque anda pensando tanto
na guria que não pensa tanto nele.

Ele só não sabe explicar
porque anda sonhando tanto
na guria que ele mal conhece,
na guria que o fascina.

Mas quem sabe?
Talvez ele até saiba,
mas ainda não quer acreditar.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Memórias.

[...] Ele voltou pela mesma rua,
viu as mesmas pessoas,
já havia reclamado tanto da vida por ali
mas desta vez ele estava com um tom diferente
nos olhos.

Ele parou,
na frente da mesma casa
de vários endereços
sentou e sentiu seu corpo
quente.

Não sabia se ria
ou se fingia ser forte
e não estar sentindo nada.

Mas o fato é que o guri sempre
- desde que o conheço -
quisera sentar ali com algo tão importante pra dizer
e ele disse com todas as letras,
em um filme talvez esta parte fosse o centro dramático
mas por ali
não recebeu um óscar, nem um abraço.

Recebeu ajuda pra levantar
e estava pouco se fodendo
pra onde iria andar.

O guri subiu em dois tijolos,
não um,
e discursou,
anotou a história
e contou
e recontou.

Dúzias de pessoas
o sentiram vivo pela primeira vez
mas parece que
sempre
lhe tiram a felicidade do rosto
por puro prazer.

Mas eu o ouvi
e ele disse:
" - Esta parte,
esta pequena parte da minha vida,
eu chamo de felicidade." [...]

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

And I'm haunted.

Tenho até medo,
se você olhar de perto
estas palavras
vai perceber que já estão
machucadas.

Tenho até medo,
de dizer tudo que sinto, pois
as minhas palavras
vão acabar percebendo que já estou tão
machucado.

Venha cá,
minha linda,
pode me dizer aonde estou?

Preciso redefinir meus conceitos,
estou perdido, a noite vem chegando
e os meus sonhos continuam
mudando.

E eu estou assombrado
pelas vidas que já amei
e estou sendo caçado
pelas coisas que quebrei.

Estou sendo assombrado
pelas promessas que fiz
e um pouco pelas que quebrei.

Não chore,
há sempre uma saída
quase...
sempre!

Aqui o novembro é doce
mas os outros meses
são apenas outros.

Peço perdão, mas
ainda sou procurado
pelas vidas que lancei
na teia
das confusões da minha cabeça.

Estou com medo,
dos corredores deste quarto escuro,
de você,
de mim
e destas sombras, que insistem em mudar.

Venha cá,
ainda carrego os pedaços,
é tempo de juntá-los
e construir uma cascata com as nossas
lágrimas.

Eu sempre desejarei você,
sempre precisarei de você,
sempre amarei você
e eu sempre
sentirei a sua
falta.

Dentro deste quarto minúsculo
os ecos saem de mim e de você
e as vozes continuam cantando esta canção.

Adaptação da música:
Haunted - Poe.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Behind bloody eyes.

Substitui a vodka
por analgésicos
e relaxantes musculares
- não que eu esteja reclamando. -

Sentei sobre as ruínas
dos alicerces
que eu mesmo tinha destruído
e fumei um cigarro
só pra deixar a cena mais dramática.

Um tanto sádico,
mas eu amo esse tipo de dor
porque substitui a outra
e não vice-versa
como tende a acontecer.

E assim consigo pintar um sorriso
amarelo
no rosto que não anda acostumado
com esse tipo de coisa.

Ouço um barulho incessante,
um zumbido nos ouvidos,
que ouvi dizer que é por causa do volume excessivo
que ando ouvindo as minhas músicas,
mas não me importo muito agora,
há sangue em minhas mãos
por causa das suas unhas
e há sangue
dentro dos meus olhos
para que eu me lembre,
todas as vezes que eu olho o espelho.

Eu aviso
e entrego o roteiro
das esquetes que monto na minha cabeça
sádica.

Mas hoje em dia os atores já não sabem mais
nem ao menos
ler.

Ando mostrando meus desenhos
e meus acordes
pra pessoas que não desejam ver.

E ando elogiando
e fingindo que acredito em coisas
que nunca quis crer.

Você
reza todas as noites
todas as noites
você fala as mesmas coisas todas
as
noites.

E você viola
as próprias leis
que você inventa todas as
noites.

E todas as noites
você se impressiona
com a surpresa
óbvia que
todos sabiam
menos você, justo quem
dizia o contrário todas as
noites.

E você diz
que eu poderia ser muito mais do que sou
e que meu potencial é muito maior do que eu sou.

Eu não preciso de saltos,
maquiagem
ou pernas de
pau.

Enquanto você luta
para parecer o mais alto
que alguém pode ser,
para ser avistado.

Eu continuo
agachado,
sou mais alto que você quando levanto
o problema é eu querer levantar.

Você se diz livre,
eu estou preso,
mas eu ainda guardo
o molho de chaves.

E quem dirá quem está certo?
o meu ou o seu
amor
não serão definidos
pelo número
de amores
nem pelo número de
atores.

Há sangue nos meus olhos,
nas minhas mãos
e no meu rosto,
só não há mais sangue
no meu coração.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Punheta literária.

Minto
e desminto
retorço a realidade
e você distorce
o que eu digo.

Como se eu realmente me importasse,
vivo e tento reviver sentimentos
que já foram mortos há anos
com golpes mortais
de pessoas que agora,
infelizmente
são imortais
nas minhas memórias.

As analogias e as
metáforas,
eu já esqueci como fiz.

Os elogios e a
devoção,
eu já esqueci como fiz.

Escrevo como um prepotente
viciado em Bukowski
e eu nem li
ou quis tentar ler
os livros daquele cara.

Eu tento virar as páginas,
mas não tem como eu gostar de um livro
que sou eu quem escrevo
sempre acabo pondo os substantivos errados
nas porras das linhas
que eram retas,
mas eu deixei tortas,
só pra dizer que é mais difícil escrever assim
e coloco adjetivos ótimos
para os substantivos que não merecem
nem o pior deles.

Na verdade eu sei o problema
e todos sabem o problema
mas eu não quero enxergar
prefiro enfrentar tudo e todos
com as luzes da sala apagadas.

E eu aqui
luto por dezesseis
enquanto eles
tem dois
vintes.

Só consigo melhorar a vida dos outros
e estou sempre sofrendo por isso
porque na verdade não fico nem um pouco feliz
pela felicidade
dos outros.

Decepção,
angústia
e solidão.

Babulcio palavras
em línguas que não existem
vejo coisas que não deveriam existir
e já não sei mais no que acreditar,
rezo para totens e jesus.

Talvez eu devesse ir mais para a cidade onde sempre faz
frio
e conversar mais com o cara que gosta de garrafas verdes
e a guria que tem trinta tatuagens
ou mais.


Pesado e gélido
este coração
de pedra.
(Aline Ferrari)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ponto final.

Ele estava dormindo
o pai dele veio acordá-lo e disse:
- Parabéns, você passou!
ele olhou, sorriu e disse:
- Mais cinco minutinhos...

Cão e gata.

Na rua,
às quatro e meia da madrugada
não passam os carros
que passaram de dia.

E no lugar das pessoas,
há ratos
e as pessoas que sobraram
estão chorando
por algum motivo.

Alguns porteiros acordados
e amaldiçoando o tempo,
andando pela rua,
também amaldiçoo o tempo
que custa a passar.

Você me disse pra ficar
e esperar o tempo passar
mas nem ao menos
me deu a sua mão para segurar
- nem uma última vez. -

O tempo vai me curar
ou vai me matar,
o tempo vai me levantar
ou vai me derrubar,
vai quebrar meu coração
ou talvez me ensine a amar.

Mas por enquanto,
é melhor eu voltar pra casa,
o mesmo tempo fará
com que os carros
e as pessoas
voltem a passar
por aqui
e eu não gosto muito deles...
E as pessoas terão que parar de chorar
e fingir que não estão sofrendo
e o ratos vão ter de se esconder
dos gatos preguiçosos
e os porteiros vão dormir
e aproveitar seu meio salário.

Preciso comprar um relógio,
pra entender como funciona esse tal tempo,
preciso ser forte,
pra tentar entender,
eu preciso...

Gostaria que para sempre fosse
quatro e meia
da madrugada
e que a chuva caísse
pra esconder a minha cara
molhada.

Malditas cebolas.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Shiu.

Tem uns comprimidos
em cima da mesa
que não sei se devo tomar
ou não.

Acho que a vodka
tem o mesmo efeito
então não preciso.

Continuo com a sensação
de ter esquecido
algo muito importante
que eu tinha de fazer hoje.

Com a sensação
de que devia ter esquecido
algo muito importante
que eu lembrei hoje.

Mas as músicas que tocaram na rádio hoje
não ajudaram muito
não agradaram muito.

Não sei bem
o que fazer
ou o que faço bem.

Hoje ganhei no resta um,
esse jogo eu jogo bem.

Devia parar com essa mania
de amar
qualquer coisa que possa respirar.

Talvez eu só precise de alguém
ou precise que alguém
precise de mim.






Mas é melhor falar isso baixo
podem ouvir
e você pode acordar alguém.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Quarenta, meia, três.

Três noites sem dormir
pelo mesmo motivo,
mas dessa vez era hora de consertar
os corações partidos
e as orações perdidas.

A chuva tinha parado de cair
e dessa vez ele suava
e esperava
ouvindo músicas que gostava.

O rapaz de vermelho era na verdade,
um rapaz bem estranho,
mas confiava no rapaz,
que hoje não trajava preto nem branco.

Lhe tiraram a barba
e o cabelo
e outras coisas que amava,
mas o rapaz,
desta vez, tinha confiança.

Todos eram velhos
e vestiam azul,
o trabalho deles era esse
não podia se culpar,
amaldiçoar
ou praguejar.

Quando chegou a hora
o rapaz, que hoje vestia uma camisa que nem era dele,
respirou fundo
e negou todos seus sentimentos
por tudo
por mais que ele ainda sentisse o perfume dela
no ar.

Há quem diga que ele incorporou algo
depois de ter bebido a sua lata
de coca-cola.

Seu sangue gelou,
cinco graus ou menos
o suor dele não era mais quente
nem frio
ele apenas olhava o nada
e estava decidido a fazer o que precisasse
matar, correr ou ajoelhar-se.

Ele não era tenente ou capitão,
mas o guri bateu continência
e esperou as palavras de dispensa
e disse sim senhor,
obrigado senhor.

Ele desejava muito a morte
de muitos deles,
deseja inclusive
ser o mensageiro
das más noticias para as famílias,
mas dessa vez ele apenas agiu como deveria.

Voltou pra casa,
ouvindo um homem gritar benzina,
desta vez ele sorria.

É assim que você refaz o seu destino.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Verso de boa noite.

Andei distâncias
e tentei experimentar tudo que pensei
tive vários momentos,
vi as marés
e a areia
de mil lugares.

Vi pessoas estranhas,
boas e más,
vi paisagens lindas,
vi coisas de desanimar,
vi coisas que não posso esquecer
e vi coisas que não quero lembrar.

Vi a vida passar
fingindo que vivi
e fingindo que não via
coisas que não se deve ver
ou rever.

Eu vi bruxas
e macacos,
vi sangue
e eu vi todos os sete pecados.

Eu vi pessoas
e lugares
podres e mal cuidados.

Eu vi acertos
e erros,
eu vi lágrimas
e desespero.

Eu vi jornais,
ouvi noticias.

Eu vi o ódio, vil
o amor
vi a loucura,
vi a solidão
e o sadismo.

Eu vi tudo,
que qualquer um já quis ver
e eu vi tudo
de um lugar que ninguém quis ver.

Hoje a manhã chega devagar
minhas memórias e minha vida
caminham em direção ao ralo,
eu nunca sei aonde estarei amanhã,
mas talvez amanhã seja um dia melhor.

Por enquanto
só quero fingir que estou vivendo
e ver o tempo passar
esperando meu telefone tocar.

Talvez eu só esteja ouvindo a música errada.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

The poet and the muse.

Hoje eu acordei feliz,
acordei feliz porque
eu finalmente não tinha tido uma noite de pesadelos
e porque eu tinha passado a madrugada anterior fazendo coisas que gosto
de fazer,
acordei feliz
porque sim.

Não sei bem se acordei feliz
ou se fiquei feliz depois de acordar
assim como não sei se estava ouvindo Bob Dylan porque estava feliz
ou se estava feliz porque estava ouvindo Bob Dylan.

Eu acordei feliz
porque pude olhar pras suas fotos
e sorrir
e pude lembrar do amigo
que estava na frente de um computador
sozinho
e sorrir de novo.

Acordei feliz, porque as músicas não estavam mais
me dando vontade de chorar
e eu acordei feliz
e fiquei feliz
por assim estar.

Acordei feliz,
porque o telefone tinha tocado
e não era alguém querendo meu dinheiro
e fiquei feliz por perder meia hora
deitado na cama
olhando o teto
conversando com ela.

Eu acordei feliz,
por ter tirado o peso das minhas costas
e ter tirado o peso da minha consciência,
estava feliz
por não estar triste
e não estava triste
porque cansei de não estar feliz
ou cansei de estar triste
ou vi que a solidão não tinha guardado nada
pra eu comer no final do dia
nem nada pra eu beber
quando ficasse com sede.

Acordei feliz,
porque acordei lembrando das músicas místicas de terror
e fiquei lembrando das criaturas
que tinha lido num conto de fadas qualquer
e lembrei do garoto
que andava no escuro
apenas com uma lanterna
e me vi feliz
com nada nas mãos
apenas montando esquetes
melhores
do que as que tinham a musa que morreu
e o poeta triste
por não ter mãos
pra escrever.

Estava feliz
só porque tinha voltado
a ser como era
e não sei se o que eu era
é realmente o que eu sou
ou o que eu gosto de ser
mas enquanto minhas linhas estiverem quebradas
e eu não estiver mais citando melancolia
e enquanto eu estiver contando histórias
e tiver ao menos uma pessoa apreensiva...


Estarei feliz.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Banho e tosa.

Setenta e cinco reais
e alguns litros de gasolina,
o garoto já não era o mesmo
estava caído na esquina.

Reclamava da doença
e do sono
que o abatiam.

Estava triste
consigo mesmo
e com as outras pessoas também
e ao mesmo tempo
esbanjava um sorriso de invejar
que nem ele mesmo saberia explicar.

Talvez ele tenha aprendido a viver melhor
depois que conheceu a garota
de cabelos brancos
que falava sobre o escafandro
e a borboleta.

E ele sorria
e consentia com a cabeça
como se estivesse entendendo,
ela mal sabia, que ele usava um dicionário
pra falar com ela
e ele se esforçava, só para aprender um pouco mais
sobre a vida e aquelas palavras difíceis
que só ela sabia falar
e sobre aquelas bandas estranhas
que só ela sabia escutar e cantar.

E talvez ele tenha aprendido a viver melhor
depois que a garota de cabelos pretos
o chutou, enquanto ele fingia que dormia
e disse pra ele que não era assim que se vivia
e ensinou pro garoto dizer não
à sua antipatia.

O garoto realmente já não era o mesmo
tanto na sua aparência
quanto no seu interior
ele mesmo sentia isso
se sentia adulto
e não sentia nenhum temor.

O garoto realmente,
finalmente tinha crescido
e agora ele entendia um pouco
pouco a pouco
depois de tanto ter vivido.

Talvez tenha sido o álcool
ou os músicos de nomes compostos
talvez tenham sido as dificuldades
ou só o tempo, transparecendo o seu interior.

Agora, o garoto via respostas óbvias
a perguntas que ele já passara a noite em claro
tentando resolver.

E se,
talvez,
às vezes.

Agora o garoto era forte
e decidido
sabia o que queria
e não era facilmente atingido.

Agora o garoto era sábio
agora,
muito mais do que antes,
o garoto tinha motivos de orgulho.

Agora, o garoto se sentia bem,
apenas era sempre pessimista
quando se falava em amor
e dizia que foi feito para sofrer.

Mas isso,
é fácil de se resolver.

- E se eu te oferecesse um drink?
- Aceitaria [...] E se eu te oferecesse um beijo?
- Espero que não se importe com o gosto de amônio, sódio e difenidramina.