sábado, 27 de agosto de 2011

Meia gota de sangue.

De trinta em trinta minutos
eu lembrava de
uma coisa que não
queria acreditar;
Seus cabelos loiros
foram pura nostalgia pra mim,
mas, ultimamente
é só isso que
eu amo. A
alegria não passa de uma sombra
projetada pela dor, então
pelo menos estou
fazendo alguém feliz.
É como se sangrasse por
dentro, mas nem pra
isso sirvo direito.

sábado, 20 de agosto de 2011

Sentimento momentâneo eterno.

O que fazer
quando o mundo lhe
diz que é
melhor desistir?

O cachorro latia
pro escuro da sala
e o escuro respondia.

A neblina era densa,
tão densa que
a própria fumaça
se perdia na densa
imensidão.

Não me faça
falar sobre este assunto, não
me faça
tantas interrogações.

A tristeza é só passageira, mas
sabe aqueles dias
que você simplesmente
não tem vontade de viver?

Trinta reais,
dois copos
e todo o resto.
Tudo perdido.

De um lugar
que eu não esperava.

Uma discussão
idiota que me afetou
mais do que deveria.

Um discurso
idiota que se esvaiu,
assim como toda a
epifania de
todos os meus milhares de
dezenove anos.

E a sua alma
que apodreça
como o ovo que
o senhor quebrou.

Acredito na sua
teoria, mas
a equivalência
foge do sentido
quando o assunto é o
tanto que já sacrifiquei e
o tanto que
gozei da vida.

Acho que sou só
um cara idiota
que fica procurando problemas
demais aonde
não existe.

Ou sou inteligente demais por ver
defeitos em tudo ou
sou o pior dos burros
por me incomodar com
o que não existe.

As vezes só tenho medo
de que todas as minhas
certezas se tornem
erradas.

As vezes só tenho medo do escuro,
ou do claro, as
vezes tenho medo de tudo e
as vezes só tenho medo de te
perder.

A confusão
sempre me persegue e
a minha própria
me alimenta.

Uma comida amarga
que eu preciso comer e
nem sei o porque.

As vezes só gostaria
de viajar
pr'um lugar
que só houvesse o
silêncio.

E que somente uma pessoa
soubesse o meu nome.

E gostaria de ficar
olhando o céu
por horas como
se não existisse mais um mundo.

Tudo é um
e um é tudo,
somos só
formigas num fluxo
imenso e
inimaginável.

E talvez as nossas
ações realmente
não mudem nada.

Talvez.

É como se
simplesmente
não valesse a pena.

É como jogar
um jogo de xadrez
sem um rei.

É o esperar
por palavras
que nunca serão ditas.

É dizer as palavras
erradas nas horas
erradas.

É a agonia
que eu sinto
quando penso demais.

É o sentimento
que eu sinto
por cada gesto teu.

Milhares de perguntas
a serem respondidas.

Mas por enquanto
me preocupo com
coisas idiotas.

Podem tirar sarro, mas
todos sabem que sou
um saudosista.

E enquanto isso
aprecio a chuva
cair enquanto
briga com o sol.

Isto na verdade é uma
grande mentira.

Mas meu coração quer.

E não posso nem
negar.

É como se
nada existisse.

É como se
eu não vivesse.

Mas por que meu coração
ainda acelera? E os meus olhos olham
atentos e
minhas mãos tremem?

Tudo isto pra agarrar
o calor das suas mãos.

No final estava
certa.

Não é covardia
derramar lágrimas de
arrependimento.

E no fundo eu também
tenho um coração,
maior e menor
que o seu.

Talvez eu já
tenha respondido
a todas as minhas perguntas
e ainda nem saiba.

Provavelmente.

Mas eu sempre estarei
por aqui.

Só deixe-me ouvir
de novo você
pedindo com a sua
voz de veludo
para que eu me acalme.
E eu juro que vou dormir.

domingo, 14 de agosto de 2011

De novo.

A vida é longa demais
para apagar estes sentimentos,
certo?

Embora eu tenha sido perseguido
pela continuação deste sonho
eu deslizei sobre as pessoas
que estavam naquela curva sinuosa.

Não é que eu queira voltar
ao que era, só
estou procurando o céu que perdemos.

Eu espero que você entenda e
vamos parar de fazer esta cara triste,
como se estivéssemos nos sacrificando.

O passado não merece lágrimas
você sempre esteve carregando
isto dolorosamente
e não consigo ver a saída
que estive esperando
deste labirinto de
sentimentos.

É como se soletrasse uma
nota diferente, eu quero me livrar
disto que você chama de realidade.

Eu gostaria de perguntar:
Eu estou vivendo só para
você poder me ouvir?

Eu não tenho lugar pra retornar,
por isto não posso ser incomodado.
Eu sempre fui grato
pela sua gentileza.

Eu queria ser mais forte.

E agora eu dou boas vindas
a esta dor nostálgica.





Baseado em uma música da Yui.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Meia esquete.

Deitado e
com dores de cabeça
e febre.
Você olha pros meus olhos
fechados e sussura:
'- Eu te amo'
sem nem mesmo se importar
se eu estaria ouvindo ou não.
E nunca importaria a
minha resposta, desde
que você pudesse continuar
a bangunçar o meu cabelo;


Mas eu também te amo.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Só que sem os pelos da cara.

Aquele cara
não sou eu.

Tudo é possível
mas nada é provável, não
sou o primeiro Facuri a dizer
esta frase.

E era improvável
ver certas coisas
que andam acontecendo.

De longe nunca acreditariam
se vissem o guri
sem barba, passeando
com um cachorro da cor
da neve desbotada.

Este não será tratado
como rato.

Sem camisa,
largado aos
cigarros e ao
álcool e
no dia seguinte
calça e camisa social.

E tudo que eu dizia que era
errado eu fiz
e disse que era
certo e no fim
voltei a dizer que era tudo
errado. Mas o errado sou eu,
acredito que esta minha
hipocrisia não é tão
maléfica.

Invés de gastar tempo
com meus eletrônicos, acordei
cedo pra ir pra academia
e cuidar da casa.

Posso ainda não ser um grande homem,
mas como minha sobrinha diria:
Sou médio.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Apple and cinnamon.

Sofrimento e mau humor,
claramente  visível que
odeio tudo isto e
as vezes prefiro até a morte.

Não são todos
que conseguem compreender
que sou um pássaro com
as penas lindas
demais para ser preso
numa gaiola de pedra.

Mas a esperança é uma
coisa ótima, é
o que me mantém vivo. Mas
confesso que ultimamente
as lágrimas vêm me consumindo.

Tenho pensamentos
que não deveria
e nem me culpo mais.

É difícil equiparar duas
coisas que amo, e ainda
perder uma para outra.

Fico pensando horas
e nestas horas, admito que
meu pessimismo me domina.

E durante esse pessimismo
penso muitas vezes em
desistir, sigo
sem forças, esperando
por um milagre, com
medo de algo
pior do que a morte.

A sua imagem
só me traz
o que não desejo.

E ontem mesmo
vi coisas que não deveria ver,
cigarros e álcool
não vão me sustentar.

Uma faculdade
de merda e estou
preso a um mundo sem sentido,
sem você.

Um mundo que não vale a
pena, um mundo
que só me restam
as lágrimas em cima
dos machucados das
minhas palavras.

E o que sobra
perto da minha cova é
pouco ou quase nada.

Só me resta a sua
voz linda e rouca,
com seus acordes fortes e
perfeitos.

Talvez eu
tenha sido feito para
menina sem cor.

Talvez eu tenha sido feito
pra ser sozinho.

As vezes só vejo
mil mentiras
no ar.

Tudo começou tão simples, tão
simples e
perfeito
como maçã e canela.

Me diga o que está em sua mente, diga
pois eu amaria saber o que
está acontecendo.

Tudo começou tão
simples e inocente, tinhamos
a química de uma maçã
com canela.

Não consigo, simplesmente
não consigo aceitar
que nos estamos nos desapaixonando.

Todos costumavam me invejar
felicidade não dura tanto tempo assim,
mas o que posso ter ainda
é perfeito.

Por favor, não me olhe assim.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Lembrete.

Não consigo
não posso
não devo
não sei.

Não aguento
não suporto.

Mas, eu não devo
não consigo
não posso
não sei.

Sou um,
um...
Sou a.

Não deveria
não seguro
não amo
não admito.

Deveria
sei
tudo.

Sinto
quero
me resta
apenas eu.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Be my last.

A chuva continua caindo
e estas mãos
não são capazes de segurar
nada.

Eu crio coisas
só pra destruir
e o vazio
toma conta de mim.

Um Deus,
que não era
tão Deus assim
nos trouxe álcool.

E daí por diante
não consegui
discernir
mais nada.

Até onde
eu sonhara?

Me esforço
pra compensar
o que não tenho.

Mas o sal
pesa muitos
quilos
em cima de mim.

Mal podíamos andar
mas eu
ainda vi coisas estranhas
entre os cacos de vidro
dos copos quebrados
e da festa
fracassada.

Beijos e tapas
enquanto estava
me escondendo da chuva
numa banca de jornal.

Poderia matar dezenas
se estivesse armado, mas
estava ocupado
chorando como uma garotinha.

Não sei de quem foi a ideia
mas, de muitas outras
coisas eu não lembro.

Estava num sono
muito pesado
enquanto em outra casa
meus companheiros comiam
e vomitavam.

Me senti culpado por
beber e
dois dias depois
estaria assumindo responsabilidades.

Talvez esta tenha sido a última
vez, foi o
que prometemos.

Depois da praia.

Fomos para praia
cantando sobre
nossos amigos e
satirizando seus
piores defeitos
num ritmo de música de
viagem americana;
Chegamos na areia, a chuva
não tinha piedade e
batia na minha pele gelada e
eu não sabia mais se deveria
estar com frio
ou com calor, deixamos
nossos pertences com
o guri que não
podia se molhar
mais do que estava e
tinha medo do sal d'água;
Fomos correndo e
pulamos na água gelada. Senti
meu coração parar
por um instante, devia
ser o frio. E
de repente ele se
acelerou e
eu tive uma vontade imensa de
gritar coisas que só
ali eu podia, só
ali ninguém iria ouvir, depois
disto voltamos
filosofando e
cambaleando.

Esta foi a nossa
despedida e
pra você resta o
eco da minha voz
pela orla da praia e
o título deste texto.