quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pra falar de amor.

Estou lá
e aqui,
estou por aí,
estou em qualquer lugar.

Eu sou o mal
mas prego o bem,
todas as minhas verdades
carregam mentiras.

Eu sou o bem
mas lhe faço mal,
todas as minhas mentiras
carregam verdades

Alguns dizem que existo,
outros me chamam de mito,
uns me ignoram,
outros falam chorando,
sobre mim.

Não sou apenas um
sou vários
e estou com quem quiser
e aguentar me carregar.

Eu lhe trago a felicidade,
depois a dor,
a felicidade
e a dor
felicidade,
dor,
sempre nesta sequência.

A felicidade quando chego
e a dor quando preciso partir
no fundo sempre estou por aí
mas o ódio e o ressentimento
impedem que alguns me vejam.

Lhe faço rir
e depois chorar,
até você rir de tanto chorar
ou chorar de tanto rir.

Estou dentro de ti,
na pelúcia do seu ursinho,
no papel escrito
ou na foto rasgada.

Estou no seu nascimento,
na sua inocência,
estou dentro de tudo
que faça parte da sua existência.

Alguns me chamam de imortal,
outros de algo ocasional, irracional,
eu duro o tempo que quiser,
é só conseguir me alimentar.

Sou o certo
e o verdadeiro,
o eterno,
e o incorrespondido

Sou tanto o motivo da vida
quanto do fim dela,
apareço em festas,
em casamentos
e funerais.

Costumo partir,
na queda.
Deixo lágrimas
e algumas lembranças.

Sou forte
e ganho de quem me desafiar
e todos sucumbem
uma hora ou outra.

Sou complicado
e difícil de se acreditar,
sou o milagre
e o chão, para pisar.

Sou tudo que você procura
e ao mesmo tempo
não há nada mais supérfluo
do que eu.

Façam como quiserem,
só não me confundam com
suas paixonites de verão
e não façam declarações de amor
até para seus animais
ou pro seu colchão.

E que cada um me veja do jeito que quiser.

O amor não dura pra sempre, sempre, quase sempre...
E quase nunca, nunca, sempre confundem o amor com a paixão,
a paixão é o amor, por um dia
o amor é a paixão, de cada dia.
(Thiago Facuri)

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