domingo, 19 de dezembro de 2010

Eu, tu, ele e ela.

Às vezes,
não desejamos o melhor
desejamos a dor
e a consolação.

Às vezes,
não olhamos pra frente,
sentamos na guia
e ficamos olhando as paredes das casas,
malfeitas.

Às vezes...

Caímos por vontade própria
e deitamos
e não levantamos
e depois nos arrependemos deste tempo.

Não consigo entender,
às vezes, acho que isto é isto
e isso é aquilo
e este é aquele.

Às vezes você não sabe o que é melhor,
faz ventar do lado errado
e o resultado nem sempre agrada.

E às vezes você vê esperança,
onde não há de ter
outras, deseja apenas que
as horas passem
e repassem
o mais depressa possível.

E às vezes quando há esperança
finjo não ter,
tento matar todos
pra me sentir menos tolo.

Às vezes paramos
e pensamos
montamos nossas esquetes
e depois nos cansamos de planejar.

Às vezes você é ateu,
às vezes eu sou espirita,
às vezes ela é crente,
Às vezes não somos nada
nem ninguém.

Às vezes,
ela é o Ás de espadas
ou o três de paus
a carta maior.

Quase sempre me faço de coringa
e digo que estou pronto pra ser
qualquer outra carta que você
escolher.

Sempre,
você sai andando
enchendo a minha cabeça de besteiras
e usando analogias esquisitas
e brincando de psiquiatria.

Nunca,
sempre,
às vezes.

Horas e horas,
antes ou depois,
futuro ou passado,
e o presente impotente.

Afinal,
a vida é feita de momentos
e eu não consigo mais acompanha-lá,
nem prever o que acontecerá.

Agora você quer ouvir U.D.R.
ontem system
e amanhã, quem sabe, o teatro mágico.

Já quis isso
aquilo
e aquilo outro.

Estou triste,
feliz
cansado
e frustrado.

Vivendo e não aprendendo
só tomo cuidado
pra não agir pelos momentos
e perder todo pouco que consegui.

Tento agarrar tudo,
com minhas inúteis mãos,
tento ter tudo
sem perder nada,
quanta inocência.

Eu ainda amo ela
você não ama ele
ele ama ela
ela me ama.

Você vai sofrer,
eu vou me arrepender
e ela continuará a viver.










Eu, tu, ele e ela.
Parece que me confundi de novo,
não entendo mais nada de pronomes.

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