Uma música dos anos 70
enquanto eu admirava
sua falta.
Um policial me parou
e perguntou o que
eu fazia por ali.
Eu disse umas mentiras,
e disse algumas verdades.
Bom dia senhor.
E ele me dispensou.
Um desvio na pista,
acabei tendo de mudar
meu rumo.
Ouvi de longe
um barulho que me deu
saudades.
Era profundo, simples,
singelo e excitante.
Parei o carro em um lugar
qualquer, ativei o alarme
mesmo sabendo que
não ouviria do lugar
que iria.
Atravessei a chuva e o frio
e a barra da minha calça social
arrastou na sujeira do chão. Os
pés descalços
marcando a areia da madrugada,
ajoelhei perto do mar.
Acendi, com dificuldades,
um cigarro-
um longo cigarro.-
Um bônus - risos. -
Fiquei admirando o mar
escuro como sempre
gostei. Acho
que é isso que me prende a essa cidade.
A calma e a escuridão
contra todos os meus sentimentos.
Finalmente consegui me expressar
fisicamente.
Na volta
dirigi o mais devagar possível,
como se não quisesse chegar
em casa nunca mais.
Um gato caçando um rato e
ouvi latidos, respondendo o
motor do meu carro.
Desculpe te dar esperanças
cachorro, desculpe te decepcionar.
Um carinho de consolo e
fique quieto.
Depois sentei no sofá
da sala, ainda
no escuro e
pensei no que devia
ter respondido
quando o policial perguntou
quem eu era.
Deveria ter dito algo como:
" - Eu sou só um fresco,
eu sou irônico,
eu sou um pecador;
Eu sou um brincalhão,
eu sou um coringa,
eu sou um fumante
eu sou só um andarilho da noite.
E eu acho amor no caminho."♪♫
Talvez ele tivesse entendido melhor.
E eu não tivesse precisado mentir.
Agora me deixe,
com meus efeitos de guitarra.
*-* Tudo o que eu precisava nesse momento era de estar na praia, de3 sentar na areia e olhar o mar, de sentir o mar, só ele sabe como limpar minha alma.
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