sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Talking about me, baby.

Uma música dos anos 70
enquanto eu admirava
sua falta.

Um policial me parou
e perguntou o que
eu fazia por ali.

Eu disse umas mentiras,
e disse algumas verdades.

Bom dia senhor.
E ele me dispensou.

Um desvio na pista,
acabei tendo de mudar
meu rumo.

Ouvi de longe
um barulho que me deu
saudades.

Era profundo, simples,
singelo e excitante.

Parei o carro em um lugar
qualquer, ativei o alarme
mesmo sabendo que
não ouviria do lugar
que iria.

Atravessei a chuva e o frio
e a barra da minha calça social
arrastou na sujeira do chão. Os
pés descalços
marcando a areia da madrugada,
ajoelhei perto do mar.

Acendi, com dificuldades,
um cigarro-
um longo cigarro.-

Um bônus - risos. -

Fiquei admirando o mar
escuro como sempre
gostei. Acho
que é isso que me prende a essa cidade.

A calma e a escuridão
contra todos os meus sentimentos.
Finalmente consegui me expressar
fisicamente.

Na volta
dirigi o mais devagar possível,
como se não quisesse chegar
em casa nunca mais.

Um gato caçando um rato e
ouvi latidos, respondendo o
motor do meu carro.
Desculpe te dar esperanças
cachorro, desculpe te decepcionar.
Um carinho de consolo e
fique quieto.

Depois sentei no sofá
da sala, ainda
no escuro e
pensei no que devia
ter respondido
quando o policial perguntou
quem eu era.

Deveria ter dito algo como:
" - Eu sou só um fresco,
eu sou irônico,
eu sou um pecador;
Eu sou um brincalhão,
eu sou um coringa,
eu sou um fumante
eu sou só um andarilho da noite.
E eu acho amor no caminho."♪♫


Talvez ele tivesse entendido melhor.
E eu não tivesse precisado mentir.

Agora me deixe,
com meus efeitos de guitarra.

Um comentário:

  1. *-* Tudo o que eu precisava nesse momento era de estar na praia, de3 sentar na areia e olhar o mar, de sentir o mar, só ele sabe como limpar minha alma.

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