sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Prima de quinto grau.

Feliz de dia,
triste de noite
é estranho, mas
compreensível.

Na verdade
é uma verdade triste
porque de noite ele pode pensar.

O guri sabe explicar
porque as pessoas vivem
pelo que elas morrem
e porque elas tentam amar.

O guri só não sabe explicar
porque anda pensando tanto
na guria dos cabelos perfeitos
que não pode andar.

Não sei se é pelo rato,
- com todo respeito a Felícia -
pelo video-game
ou pelos óculos.

O guri nem sabe
porque dentro de tantas pessoas
que quiseram estar por estas linhas
ele escolheu falar dela.

E quando ela pergunta
no que ele andou pensando
ele fica sem graça de falar.

Mas quem sabe,
no dia em que ele se aproximar ao máximo
da figura endeusada pelos clérigos
possa criar tais asas
e voar pra lá.

O guri já quis explicar
porque as pessoas vivem
pelo que elas morrem
e porque elas tentam amar.

Ele só não sabe explicar
porque anda pensando tanto
na guria que não pensa tanto nele.

Ele só não sabe explicar
porque anda sonhando tanto
na guria que ele mal conhece,
na guria que o fascina.

Mas quem sabe?
Talvez ele até saiba,
mas ainda não quer acreditar.

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