Saudades,
dos amigos,
das conversas,
da nostalgia.
As mesmas histórias,
mesmas mentiras,
cortesias,
teorias.
Saudades,
da chuva
e da vontade de se molhar
do sono
e do guitarrista
- que não para de tocar. -
As mesmas idiotices,
mesmos jogos,
sonhos,
programas.
Saudades,
da poesia,
da sua beleza,
sua anarquia,
sua apologia.
Saudades,
de mim,
do meu rosto,
seu rosto,
seu humor,
seu outro humor
saudades da minha caneta
e do meu desgosto.
Saudades,
da cor,
da dor,
do calor.
Saudades da minha pele,
do riso,
da demagogia,
dos amigos
movidos a hipocrisia.
Saudades da indecisão,
da cobiça
e da provocação.
Saudades
das saudades
e das mesmas mesmices,
mesmo assim.
Quem sabe isso passa
sendo eu tão inconstante. (Ana Carolina)
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