Com os pés no teto do carro
olhando a lua crescente
- ou minguante, nunca sei -
reflito e escrevo:
Ora estou feliz,
ora estou triste,
nunca sei o que quero,
sempre me arrependo
e já acho que isto é tão normal.
Ora estou infeliz,
ora estou apaixonado,
nunca consigo saber
e já acho que isto e tão normal.
Agora, estou longe de tudo
e continuo cada vez mais perto
do nada.
Ora esqueço de tudo,
ora lembro de tudo,
sendo o tudo
nada.
Ora me sinto adulto,
cheio de orgulhos e glórias
ora me sinto uma criança
cheia de medos e inseguranças
e cheia de ter que ter
orgulhos e glórias.
Lapidei umas dez pedras
cheias dos meus conceitos
- todos estão -
e ela estão na parede do meu quarto
pra que todos possam olhar
toda manhã
e para que eu possa louvá-las
todas manhãs.
Ora leio romances,
ora contos de fada,
ora vodka
ora limonada
ora rammstein
por ora apenas o bate-bate
da libélula na luz fluorescente.
Oras,
horas,
que horas são?
Talvez eu queira me perder aqui
mais algumas horas,
dias,
semanas,
alguns momentos
quem sabe?
Pra sempre.
Escrito em: 10/01/2011
às 23:35, Segunda-feira.
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