domingo, 13 de março de 2011

O maracujá, a raposa e a guria do visual retrô.

Fiquei andando por aí
só pra tentar entender essas coisas
que ninguém mais se preocupa em saber.

Parei de beber
e todos estranham
mas são só quarenta dias,
não é nada de mais.

Todos se foram
e levaram o que eu amava
tudo que restou, eu gosto
mas ainda sinto a tua falta.

Minto,
desminto e ando inventando histórias
pra aumentar meu ego.

Me disseram que não iria demorar tanto assim, mas
também me disseram muitas outras coisas que não eram
verdades.

Meu pé estava quebrado
ou quase isso
mas mesmo assim levei ele até o acelerador
só por prazer.

Tinha cara de adulto
fazia coisas de adulto
e me senti o máximo
quando perguntaram o porque do suco
de maracujá.

Tinha voz de adulto,
agia como um adulto,
e me senti o máximo
quando assoprei a fumaça e balancei a cabeça
reprovando os atos dela.

Por mais que eu tente entender
não há o que se precise entender
não preciso saber porque minha camisa é preta
deveria me contentar em saber que ela é preta.

Meus braços estão com marcas de unha
por causa de uma garota qualquer, mas
não minto que isso só afaga meu ego
não minto que vejo lembranças nisso.

E eu lembro que você me disse
que quando as pessoas se gostavam
elas admiravam o silêncio
e eu sinto tanta falta
do silêncio
e do silêncio
da sua voz, mas
isso não importa agora.

Estou feliz, mais do que geralmente estou
quase tanto quanto já estive
e pouco me separa das minhas esquetes.

Hoje você sente a minha falta mais do que nunca
mas mesmo assim diz que não se lembra
jurava que tinha entendido sempre
quando na verdade
você me disse nunca.

Muitas coisas andam me perturbando,
mas esta não é uma delas.

Existe um lugar por aqui onde os homens
possam ficar momentâneamente incertos?

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