quarta-feira, 9 de março de 2011

Como posso dizer?

Como posso dizer?
Sou um homem adulto, mas ultimamente
tenho chorado como uma criança,
eu apenas gostaria de conhecer a pessoa
que sou.

Eu não vou deixar assim,
mas eu já tentei tudo
isto, isso ou aquilo
e eu ainda estou aqui.

Não sei bem dizer,
gostaria que minhas palavras tocassem você
tocassem em você, assim como as suas
um dia tocaram em mim.

Todos e todas as noites,
mas eu continuo aqui.

Sinceramente,
minhas analogias já encheram o saco, mas
eu ainda tenho medo de lhe dizer
o que guardo só para mim.

O futuro continua escondido em algum lugar
brilhando infinitamente,
olho pela minha janela nostálgica
e o sol acabou por vir e já está chovendo.

Me diga:
Por que criamos com tanta dificuldade
coisas que sabemos que vamos
destruir?

Você não sabe porque,
ninguém sabe porque,
mas esta noite
não vou me preocupar.

São quase sete da manhã
e ainda escrevo seu nome,
meus sonhos andam tão vazios
e isto é preocupante.

Como posso dizer?
Sou um homem adulto, mas ultimamente
tenho agido como uma criança,
eu apenas gostaria de conhecer a pessoa
que deveria ser.

Não sei, gostaria de saber
se olhar as estrelas,
o sol e a chuva irá resolver.

Talvez eu eu deixe assim,
chorar,
sonhar não vai resolver.

O carnaval acabou e
finalmente o sol apareceu,
agora são três da tarde mas eu ainda estou com tanto
sono.

Cem textos,
talvez isto seja só mais um jeito
de eu lidar com a minha
tripolaridade.

Ou de tentar enteder o que fui,
sou ou o que deveria
ser.

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