O guri olhou pro céu
e estava um pouco embriagado, mas
não de algo muito forte, pois,
o mais forte que o guri andara tomando
era chá preto gelado com limão.
Um guri agora tinha um apelido novo
devido ao número excessivo de
cigarros que ele acendia e de
fumaça que ele tragava.
Outro guri reclamava
do banco e um pouco do pai,
agora que seu nome estava sujo
- ou não -
e ele não queria pagar uns cento e
cinquenta reais de juros.
Os outros três discutiram do passado
enquanto viam partidas de futebol
no vídeo game e viam
as luzes das pilhas carregando e
ouviam umas músicas estranhas
que embalavam
e davam ritmo à conversa.
Parecia algo planejado ou sei lá
mas ele ficou realmente triste
quando ouviu aquilo, parou por um momento,
se desligou do mundo e
só foi voltar a si quando o ônibus
estava buzinando atrás dele.
Era definitivamente estranho, mas,
era definitivamente bom e ele
pediu conselhos, talvez,
à pior pessoa de todas, mas,
mesmo assim, não foram
tão ruins.
A guria disse que,
tinha cortado seu cabelo de um jeito muitíssimo estranho
e finalmente estava ficando careca, mas ela
disse que gostava de gurias com cabelo curto
e isso acabou soando como um elogio
pra ele, enfim.
Ele tinha esperanças e
PORRA DONA HELENA,
isso foi realmente engraçado,
mas, enfim, onde eu estava mesmo?
Haviam os cigarros,
a vodka, o sake,
a coca-cola
roxa,
tantas outras drogas e
tantos outros prazeres, mas
ultimamente o guri
só andava querendo comer
risolis com
molho branco
porque
sim.
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