quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Vermelho amarelado.

Uma leve falta de apetite
e um pouco de raiva.
Maldito cachorro.

...Ele não tem culpa.

Atrelado a cheiros e
trapos, já começa a
tortura.

Um pouco de água
e a viagem segue.

Vejo nuvens e
mais nuvens, todas com
um tom leve, apagado.

De fundo um vestígio
do que sobrou do sol,
iluminando, os faróis do carro.

Parece que não vou
dirigir, mas
eu até gosto
de ficar apenas observando
a vida passar
na janela do meu carro.

Estou acostumado.

Fecho os olhos e
te vejo por um instante,
seu cabelos molhados.

O cheiro do seu perfume
indo embora, faço uma
pequena prece, mantendo a minha fé
viva.

Neste lugar
há muita verdade
para mim.

Acho que nunca
presenciei
um calor tão
infernal em
toda minha vida.

Olho para o céu
e vejo centenas
de braquilhos
acesos.

Olhe para o céu,
é uma coleção
para você.

Como eu amo
a sua
sombra.

Olhe para o céu.
Este é o céu
que banha
todos os corpos
e por um instante
estou do seu lado.

O verde, o azul,
o cinza, o escuro
e uns cigarros de palha.
Um vermelho amarelado.

Olhe para os
pássaros, eles
cantam com a
mesma sina
para todos.

Agora é minha vez.

Tudo da mesma cor, é
como se tudo fosse da mesma
cor quando eu
penso em você.

É pouco
pelo que dizem.

Alguma coisa,
é tudo que eu preciso.

Os cantores sem criatividade,
pelo motorista que não
sabe dirigir.

Os gritos roucos,
pelo colegial
que não sabe
beber.

Estou num conflito
tão grande que
não posso ver
uma saída agradável.

Fazia tempo que não sentia
isso, que não me sentia assim.

Sangue na
piscina, sangue
na minha mão.

Nós não precisamos
disso,
ponto final.

Ninguém precisa disso,
afinal.

Os sonhos
que não se repitam, repita
para mim.

Nem por um momento,
não pense nisso.

A cada momento,
pense nisso.

Pense no que te digo
e diga o que pensa.

Os corvos pairam
neste céu amarelo.

Sobre o nosso,
nunca virão, nunca
pousaram.
Eu prometo.

Ainda não devem haver
sido inventadas as
palavras que procuro
para expressar
o que eu
sinto.

Estas estrelas
agora são nossas.
Elas brilham por você.

Eu posso não ser o maior
poeta vivo. Mas eu progredi,
escrevi algo para você,
por você.

Você sabe.
Não é?

Muitos não,
mas eu gosto de imaginar.
Gosto de imaginar
um final agradável.

2 comentários:

  1. "Cores.
    É bom deixar o preto dos corvos
    banhar um amor.
    O preto nessas horas
    soa mais bonito que o vermelho.
    Ou que o azul passando rápido
    pelos olhos de um amor suicida."
    -Eu mesmo.



    Vejo muito de mim em suas palavras.

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    1. "Ou que o azul passando rápido
      pelos olhos de um amor suicida."

      A palavra suicida me atrai. uhsahuashu
      q bosta.
      mas é verdade!

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