domingo, 13 de novembro de 2011

Minha lua.

Eu quase posso ver
os seus olhos
nessa manhã
gélida.

Sou só uma piada de mal gosto,
mal contada, sem
graça. Dita de graça.

Eu sinto não poder explicar,
sinto-me triste, sinto
meus olhos lacrimejarem.

Sinto muito, sinto
que não posso aguentar.

É muito pesar
em minhas mãos.

Apenas queria
saber o quanto
você me ama.

Sinto gotas
pesadas tocando
meu rosto.

Talvez se eu
não tivesse mentido tanto
não teria feito
o mundo chorar.

Sinto que posso tocar o céu,
sinto meus olhos negros
mais negros do que nunca.

Sinto minha
fumaça se dissipando
no ainda mais negro
canto de sala, enquanto
me frustro com
as mesmas coisas de
sempre.

Sinto vontade de
dizer coisas que não
devo.
Nem deveria
sentir.

Enquanto a banda
favorita da
libriana toca
sem dó no
fundo da minha mente
opaca.

Sempre foi assim,
ter ao meu lado
tua lembrança,
tuas lembranças,
junto destas músicas perfeitas.
Sem novidades.
E você,
distante, mas
quase do meu lado.

Pra que dizer?

Todo o sempre.
É sempre assim.

Ao meu lado apenas
a escuridão, sinto que devo
dormir.

Só queria estar nos seu braços
pra te contar de novo
a piada que sou.

Me perdoe
por ser uma piada
de tanto mal
gosto.

Me perdoe
por ter me apaixonado
tanto assim.

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