segunda-feira, 20 de junho de 2011

Busy soul.

Me perguntaram
o que eu tinha
para escrever hoje.
Nada,
mais que
nada.

Você pode
seguir a sombra
ou tornar o show
famoso.

As sombras
que eu costumo ver
andam me incomodando e
dizem que isso é
problema que eu
tenho na minha
cabeça.

O guri disse
que queria ser eu
quando crescer, desculpe,
impossível.

Me perguntaram o que eu podia
ser
e o que eu
podia representar.
Tudo.

Sonhei que
chorava, mas
meu corpo
já não chora há muito.
Já a minha mente
é outra folha.

Eu não durmo e
não paro em casa,
já quase casamos com
as essências e
as garrafas de vodka.

Mais um risco no
banheiro, com sangue e
já somamos quase
uma dezena.

Me perguntaram
da onde eu vinha
e como
eu tinha um
pulmão tão
grande e
fodido.
Tocaram umas
músicas no
violão,
até cantei -
só porque era
udr -
até
encantei, mas
não deixam de
perguntar porque
meus
dentes não aparecem.

Hey,
você não consegue
sentir a minha
solidão, hey
você não pode
me sentir.

Você só sabe
passar os olhos
por cima de mim.

E eu não
posso
pegar o
último pedaço.

Eu sou só
um projétil
de uma arma
enorme, disparado
em direção ao nada.

Admito que
gostei do eclipse, uma
pena que faltaram
dois reais.

O whisky
se multiplicava na minha mão e
a fumaça se
multiplicava
na nossa frente, bem
que ele disse
que sabia que
podia contar comigo.

E é sempre a pessoa
que eu menos espero
que levanta
a podridão
que é meu ego.

Eu nunca me chamei
de escritor e
é isso que ninguém entende,
escrevo
meu texto egoísta, auto-
centrista e
não me julgue e
pau no cu do Coelho e
daquela Meireles,
eu nunca disse que seria a
próxima Clarice Linspector ou
o próximo Bukowski.
Sou só um
merda e
com sorte serei o
próximo
Kowalski.

Sou só
um cara com
medo do
que não existe e
que foge
prum mundo
de esquetes e
é pra lá que estou indo agora
provavelmente e
com sorte talvez
eu morra por lá.

O cheiro
simplesmente
desbotou,
tome um banho
de perfume
ou tome no cu.

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