quarta-feira, 25 de maio de 2011

E eu pego o taxi na hora. rs

E se o tempo tirar
o brilho dos meus olhos e
o grave das músicas e
enferrujar as cordas da minha guitarra?

E se o tempo
tirar o segredo
das palavras e
a falta de sentido das minhas metáforas?

Eu não quero crescer...

E se o tempo
tirar os sentimentos
que sinto e
as pessoas que
amo?

E se o tempo
apagar minhas memórias e
colocar barba no thunderbird?

Deste jeito
eu nunca vou querer
crescer.

Mas e se o tempo
matar meus ídolos
e não trouxer novos?

E então
quando eu for eu,
de cabelos brancos
vou olhar pra trás e
vou lembrar de tudo
que eu fiz com uma
eterna nostalgia e
com convicção que nunca vou
viver aqueles momentos de novo.

Eu não quero estudar,
eu não quero me formar,
eu não quero trabalhar,
eu não quero ter que pagar,
eu não quero me decepcionar,
eu não quero me entristecer...

Eu não quero crescer.

Não é algo
que eu realmente possa
evitar, mas,
queria ser uma eterna
criança de
dezenove anos de
barba na cara.

E eu já fico
triste quando
todos param e
pensam demais no futuro, eles não
entendem?

Prefiro pegar meu violão...
Pra virar comida de tubarão?
Eu não quero crescer!

E se o tempo
acabar com os
meus discos e
deixar meu passado distante?

E pior:
E se o tempo
tirar de mim
você?

Não posso nem pensar
em me acalmar,
tudo em volta está
prestes a desabar.

Eu não sei,
o máximo que posso fazer
é viver;
Fazer coisas
dignas de se escrever e
quando todos formos só
um bando de idosos
sentados na
praça jogando truco
eu vou poder dizer:
Eu cresci, mas
foi sem querer.







Este texto é uma versão da música:
Eu não quero crescer - Thunderbird, pitty e os devotos.
Que por sinal é uma versão da música:
I don't want to grow up, dos eternos Ramones.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Tendinite e ódio.

Dor de cabeça,
dores no corpo,
falta de ar,
falta de apetite,
febre,
apatia e
mais dor de cabeça.

Deitei e
não conseguia mais levantar.

Cinco e uns quebrados
acordo assustado,
olho um telefone,
depos o outro e
depois o outro,
junto um resto
de força de vontade pra
gemer umas palavras e
receber uma resposta negativa.

É claro que não estou bem,
caralho.

Levanto correndo e
vou vômitar,
namoro a pia
do banheiro por trinta minutos
ou mais.

Eu preciso mesmo
rever alguns conceitos,
tem horas que eu me sinto
um COMPLETO
idiota.

Boa noite.

Rose.

Holocausto;
Claustrofobia;
Parafilia;
Complexo de édipo;
Paranóia;
Esquistossomose;
Esquizofrenia;
Ailurofobia;
Ophelia;
Piedade;
Cronologia;
Complexidade;
Patologia;
Psicose;
Suícidio;
Exaustão;
Encéfalo;
Overdrive;
Prantos;
Insonia;
Hipersonia;
Esperança;
Pirexia;
Melancolia;
 Eu pr...    
Morte;

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Segredos de ouro.

Um choque para
acordar e agora
a fênix
apagará a
escuridão;
Sonhos com para-choques
de corpetes, saias e
lingeries.
Ah, que tesão.
Eram duas e meia quando
ele veio e
interrompeu minhas mentiras
e me mostrou minha amada.
- Oh, como eu te amo.
Precisava mesmo de
um pouco de barulho
e agora
me sinto vivo de novo, ainda
mais do que antes.

Tudo que você sempre desejou
e um pouco do que tinha até
medo de desejar.
Saudades de
escrever e
meio verso pra
matar.

Um beijo,
adeus.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Devaneio.

Uma música de
entrada de filmes
de terror,
o ódio
coberto com
marshmallow
derretido e
caramelizado.

Não conseguiu
entender porque
sua boca estava
costurada e
queria cuspir
sangue,
mas não podia.

Os olhos dos gatos
brilham
com a luz
do meu carro.

Sua imagem
veio muitas
vezes na cabeça
enquanto
tentava falar
alguma coisa,
qualquer coisa.

Déjà vu?
Eu juro que
já vi
estes acentos
nestas palavras.

Luz demais
no meu rosto e
essa música
tinha um
gosto de
vontade.

Eu
cheguei a duvidar, mas
ouvi com todas as
letras e
agora tenho que
tirar meus pés
de cima
da mesa.

Chocomenta tem
cheiro mais
forte do que menta e
eu descobri isso
enquanto falava
com um guri
que só ouvia metade
do que dizia, ele
me contou sobre
uma garota sor-
rindo que
não existia.

Eu não sei escrever,
mas eu escrevo;
Eu não entendo o que escrevo;
mas escrevo;
Você não entende o que lê
mas lê.

Groselha
com vodka, mas
eu dispenso,
disperso:
- Tenho compromisso amanhã.
Com a verdade.

Risadas esconderam
o vazio
do meu olhar e
eu queria
que esse dia acabasse
mesmo antes
de começar,
um risco na parede do
meu quarto e
já são dezenove
anos e
uns trocados.

Não minto
que sinto um
prazer,
quase sexual,
nisso.

Eu não
sei bem
no que eu
me tornei, mas
torno a jogar.

Piadas
com a recepcionista e
escravas
pra aumentar
o ego.

Os sentimentos
dela
deixaram o
rosto
da cor do cabelo.

Desculpem
mas isto
vocês não podem ler.
E eles me olharam
com espanto
só porque eu
tirei um isqueiro
do bolso e
queimei o papel,
metade de um lado
metade do outro e
assisti eles queimando,
no chão, devagar.

Mas isto
são só
devaneios
de um
pseudo-poeta.

Quase
seis horas
da manhã, como
sempre e
estou perdido
novamente com
meus sonhos,
quimeras e
ficções.

Uma esquete
para amanhã e
eu sei que
não vai adiantar nada.

Vamos, amor.
Vamos dormir.

E é melhor eu
já ir indo
já que estou
me chamando
para a cama.

Não costumo me
desobecer.

Bons sonhos.

domingo, 8 de maio de 2011

Como antigamente.

Tarde demais,
o texto acabou.



É a moda
não ter coração
e sair por aí
dizendo provérbios.

Desvendar o
mistério da vida,
isto na
decoração.

Sou só.
Um cara normal e
dúzias de perguntas
queimaram meu
chuveiro e
eu tive que tomar
um banho gelado
mais tarde.

Não é tão
frio, mas,
é bem frio.

Eu prometi
e é verdade.
Você regou,
regou e
deixou a
chuva regar um pouco e
agora vou
lhe dar
um pouco de ambrosia.

Banshees?
Seus gritos
beiraram meu
ouvido desta
vez, mas
eu consegui
resistir.

Chega a
beirar a
irônia,
uma cerveja, estupida-
mente
gelada no
lado da lata gigante e
todos disseram
que sim.

Vamos trocar?
Eu gosto até,
mas o meu quebrou.
Não gosto
quando eles
quebram,
mas não ia
comprar um novo.

Gostei do
enfeite,
é verdade
que alguém
simplesmente lhe
deu?
Não.
Não gosto, sabe?
Eu enfeito
com mentiras,
fica bonito,
quer que
eu lhe mostre?

Muita vergonha e
porra! Pare
de tocar em mim,
me sinto mal.

Não,
claro que não tem
nada a ver
com você,
vá dormir.

Obrigado.

Eu devia ir dormir também,
mas isso
fazem muitas,
muitas horas,
mais de vinte e qua-
tro eu acho.

Confusa chuva
que cai
e
enferruja o
que não
é de metal
no meu corpo.

Tudo sempre
foi um jogo e
todos sempre
estão
apenas tentando
não errar.

Saber
o que significa
amar
não
lhe
fará
amar!

E pra
que amar num
mundo que
estou queimando? E
bem
vindo ao
time,
opa, você
não!

Nunca, talvez, sempre.
Desde quando
você acha
que
tem o suficiente?

Uma hora estas cores
vão sangrar e
isto
vai transbordar
e você
não vai chorar,
mas
não vai gostar.

Apenas ande,
enquanto
essa chuva
confusa cai.

Um outro lugar pra
chorar e
um outro lugar
para ficar, eu
vendo o que
nem é meu e
todos estão
sonhando e
ninguém entende
o que eu grito,
em voz amena.

Notas no rodapé.

Você precisa ir
ver essa ferida
que você tem
atrás dos olhos.

De minha vida,
pensamentos loucos e
divídas que
eu não posso
pagar.

Fique, posso
precisar de você.

Ainda hoje.

A manhã caminha
devagar
só pra
eu aproveitar os
últimos minutos
do sereno;
Do céu roxo.

Como você pediu.



Tarde demais,
o texto começou.

sábado, 7 de maio de 2011

Meia dose de Facuri.

Muita coisa andou mudando
há muito tempo e
certas coisas
continuam idênticas.

Eu lembro de um guri
há uns cinco anos
ou mais que
jogava bola todos
os dias na rua e ele
sempre machucava
os dedões dos
pés.

Uma música de guitarra
idiota, feita
na casa do amigo
que tinha uma cachorra
gigante.

Como era mesmo?
Mi, fá sustenido,
sol, lá, mi...
Algo assim.

O guri era quieto e
calado na escola, não
falava com muitos e
com os poucos que falava
pouco dizia.

Deve ter conhecido umas três ou
quatro pessoas
que ele diz até hoje
que valeu a pena
ter conservado
amizade.

Os amigos, o
cachorro com
nome de personagem de
desenho animado, o
rival, o
vizinho, os sonhos, as
conversas inocentes,
as conversas indecentes, as
disputas com o relógio, as
caminhadas a
lugar nenhum, a praia,
o medo, a
arrogância, os
cadernos queimados e
os tênis também;
A amiga do cabelo colo-
rido, a amiga do
cabelo ruivo, ah! A menina
dos cabelos ruivos...
Os amigos que ele
diz que não são amigos,
os amigos que sumiram,
os amigos que sumirão,
os amigos que aparecerão,
os amigos que apareceram;
Os jogos, as palavras, as
brigas de adolescente, as
idas aos mesmos lugares, as
baladas, o primeiro gole,
o primeiro trago, a
primeira vez, o primeiro amor
platônico, a primeira
noite
que deu importância à
coisas insignificantes
como o brilho do luar
no mar.

Lembro de
tudo como
se fosse
ainda essa madrugada,
que parece
que nunca acabará.
E as estrelas
me deixam embriagado e
no fundo
eu não
mudaria sequer um segundo ou
sequer um ato de
tudo que vivi,
tudo que fiz
até hoje. Não que eu esteja feliz
com tudo e com
todos, mas
por mais que não estejamos sorrindo
ainda estaremos vivendo e
eu quero mostrar
a todos
o quão
vivo estou.

Muita coisa andou mudando
há muito tempo e
certas coisas
continuam idênticas.

Sempre
um guri
às quatro da manhã
ouvindo uma música
qualquer porque
não consegue
entender porque
tem que dormir cedo, mesmo
sabendo que daqui a umas duas horas e
uns quebrados vai ter que acordar e
ir a algum compromisso,
mesmo que seja familiar.

Seja System of a down,
Rammstein ou
Enya.

Sempre
um guri
com os olhos vermelhos
porque ficou
forçando tempo de
mais, olhando pra tela do com-
putador e
tocando músicas
idiotas na guitarra
ou
no violão, já
que a guitarra
fugiu de casa
há muito tempo e
nunca mais voltou.

No fim é
sempre a mesma coisa
só que de um jeito
diferente e
com um gosto diferente e
sabe?
Sempre carrego
meia dose de áçucar.

Mas é melhor eu
parar de escrever,
isto não
é e nem
deve ser
um diário.
Odeio diários.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Icy.

Passei o dia todo
pensando em muitas coisas e
eu tinha perdido esse costume.

Custava ela entender
que eu só queria falar
sozinho?
Sou novo no ramo e
ainda não acostumei com
a ideia do que
tenho em mãos.

No carro,
na rua,
na casa do colega,
na avenida principal
e no mercado.

As pessoas acham que é
mentira, mas
as mentiras que eu conto
elas acreditam;
Não acho que seja tão difícil
entender o que eu digo,
mas tudo bem.

O telefone não parava de
tocar e as
pessoas não paravam de
me elogiar.

Isso tudo me cansava, mas
eu tinha de me
acostumar.

Criticava tudo
sem parar e
o seu perfume ainda
me deixava entorpecido.

Meu jeito de
agir e de falar
estavam diferentes e
até meus olhos estavam
mais escuros, serenos e
penetrantes.

Canela e
laranja;
Melancia e
banana;
Rosas e
Narcisos.

A despedida
com aquela música foi
deveras engraçada e
bucólica;
É difícil explicar, mas
esse é o tipo de coisa que eu
gostaria de fotografar.

Passei a noite toda pensando;
No quintal,
na garagem,
na sala,
no quarto,
na cozinha e
no banho.
Fiquei pensando, muito,
em muitas coisas;
Troquei ideias com
os espelhos e
com os azulejos embaçados do
meu banheiro, mas não
foi nada de útil
eram só
pensamentos









...Frios.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O original.

Zeros pintados no chão;

Azul gelo;

Banho de menta;

Homossexuais repetindo as letras das músicas;

Personalidade cafajeste;

Dezesseis graus;

Perguntas idiotas na mesa;

Qualquer coisa menos dó ou insegurança;

Ignorância, de graça;

Poder e indiferença.

Se eu quero jogar?...

Eu inventei o jogo;
Eu dito as regras;
Eu não aceito
perder.

Sua vez,
eu já fiz
a minha jogada.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Boa noite.

Ataduras,
bandagens e
ele pegou o telefone
pra ligar pra ela às
cinco e quarenta da madrugada.

Uma chamada perdida no
seu celular e
ele andava de um lado
pro outro
preocupado com o excesso
de sangue que tinha
no chão da sua casa.

Tivera que dirigir
devagar,
enquanto queria claramente
passar dos limites
de velocidade e
passar por todos os faróis verme-
lhos do mundo.

Ela retornou sua
ligação e
um cigarro agora
deixaria a cena
bem cinematográfica.

Ela disse umas palavras
banhadas com sono que
o desviaram do assunto
por um momento,
ele se apoiou
no capô do
carro enquanto
um travesti lhe pedia duas
de dez.

Dormiu bem tarde e
acordou mais tarde
ainda, ligou pra ela
e falou com ela
o dia todo
e a noite
toda também.

Acordou bem cedo
com um telefonema e
tentou dormir
de novo e
voltar pros seus sonhos
que tinham sangue
e traição.

Acabou percebendo que
memórias ruins
tendem a apagar as
boas e
isso o deixou meio
chateado.

O segurança da
farmácia e
o bêbado no hospital.

Ah,
essas coisas só acontecem com ele.

Não queria
ter a fama
que andava levando e
pensou algumas vezes
em desistir.

Sentiu coisas que
não costumava sentir e
sua indiferença
corroía muitas coisas
que talvez ele devesse conservar, mas,
ele não ligava muito pra
isso também.

Pegou o caderno novo e
rabiscou mais umas páginas e
escreveu mais uns textos
e escreveu mais e
escreveu...






E dormiu.

Noventa e quatro.

Brigas e
dezenas de pessoas
tristes ou irritadas;
Crianças chorando e
uns caras com livros
de autoajuda, um recado:
Não existe essa tal de
esperança pra vocês.
Maldita seja a espera e
a obrigação de
interação social.

Ah, como eu odeio hospital...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Cacos de vidro.

Não o culpo, mas
também não
o protejo mais, ele me disse
que estava feliz assim e
descontou sua angústia no álcool e
no meio da embriaguez
pintou o clima com pânico e
desespero.

Parabéns papai, você
pintou a casa de vermelho.

domingo, 1 de maio de 2011

O rei dos bobos, o contador de histórias.

Eram sete da noite
e eu
já tinha começado o
dia errado.

Olhei nos olhos dela e
sinto sempre uma
angústia, não sei.
Não lido muito
bem com isso, mas,
fui o melhor
companheiro que podia ser e
achei que me orgulharia disso
depois.

Ele chegou,
estressado, com mil e
uma coisas na cabeça e
desmereceu tudo
que eu já tinha feito, mas,
não tiro a razão dele e
até aceitei o pedido de desculpas depois.

As vezes as pessoas acham
que é fácil sorrir,
simplesmente.

Eu não minto, disse coisas
que não deveriam ser ditas e
ainda mastiguei muitas
palavras, e a
minha boca ficou amarga
com o gosto ácido,
sempre muito ácido,
das minhas palavras.

As vezes,
quem olha as coisas de fora
tem uma noção errada
de todas as coisas.

Fucei e
juntei uma dúzia de moedas,
liguei o computador
para como todo bom
criminoso, pedir a
minha ligação;
Saí de casa,
sem ter comido nada e
olhando pra baixo,
achei que seria mais uma noite
solitária no meio
do nada, mas eu estava
enganado.

Foi uma noite
como muitas outras e
fiquei conversando de
muitas merdas e
mostrando meu excesso
de confiança, meu narcisismo
pra cima de todos os outros.

Mais tarde, um telefonema
e eu queria mostrar dezenas
de coisas que
não pude e
sempre me dói um pouco
quando eu tenho que
assassinar meus
sentimentos,
queria mais palavras, mais
segurança e
queria me sentir mais perto
do que me agradava e
poder esquecer o que me
incomodava, mas,
não foi bem como eu tinha
planejado nas minhas
esquetes.

Não a culpo, sei
desde um bom tempo
que não tenho
direito a isso,
estava escrito no
contrato quando
eu quis assinar;
Demorei muito pra ler
as linhas miúdas.

Peguei o carro e
pra variar
fui correr por aí, pra
esquecer do que me incomodava;
Quase cento e cinquênta
naquela ponte e recorri
a uns vícios
que ela não gosta muito, mas,
me desculpe... Eu precisei,
sou um cara fraco, apesar de tudo.

Quando cheguei em casa
minhas pernas estavam doendo e
meu pé sangrava, mas,
quando o dia está ruim
há sempre uma brecha
pra algo pior acontecer.

Comecei a
pensar de mais e
já eram cinco e quarenta e cinco
da manhã.
E eu, o rei dos bobos,
conversava com a rainha
deles;
Os dois mentindo
só pra não dar o braço a torcer,
estavamos sendo falsos
com nós mesmos, mas,
o sono nos permitiu
uma carta de confissão.

A guria
que eu mal conhecia
me disse coisas bem
pessoais e
me perguntou
sobre aquela história
que se passou, eu avisei:
- Sou um péssimo contador de histórias...
Mas ela disse que eu podia
tentar.

No fundo eu precisava
de ombros e ouvidos, mas,
não queria admitir e
por ela ter
me dado o que eu queria
de bom grado, agora,
ela passeia pelas linhas tortas do meu texto quebrado,
que hoje está molhado.

Fiquei uma hora
escrevendo, no mínimo
e contei todos os detalhes, mas,
sem problemas, ela é virginiana,
adora
detalhes.

Fui escrevendo e repensando e
meus repensamentos
me confortaram muito,
o suficiente pra conseguir
ter uma ótima noite
de sono, até
uma brincadeira idiota, mas
não vou julgar ninguém.

Brigas,
confusões,
delírios e
meu time perdeu, mas,
tudo bem.
Eu aceito os dias ruins, assim
como na semana passada
aceitei um dos melhores
da minha vida e
vou tentando viver outros melhores
um dia de cada
vez.

Eu avisei...
Sou um péssimo
contador de histórias...