terça-feira, 17 de julho de 2012

Kuroi namida.

Por incontáveis noites
desejei que o amanhã
não chegasse.

Perdidos os meus sonhos
e o meu amor;
Assim como esta
chuva que me acerta,
estou chorando.

Nunca estive tão triste,
nunca estive tão feliz.

Nunca estive tão certo,
nunca estive tão perdido.

Me sinto como um bibliotecário
que teve sua estante
de livros bagunçada
outra vez.

Para que eu possa viver
desta forma, sem enfeites,
do que mais eu preciso?

Sem acreditar no inacreditável,
no que devo acreditar?

A resposta está tão perto,
tão perto que
não consigo enxergar.

Eu, que derramo lágrimas frias,
tenho tudo e não
tenho nada;
Me sinto infinitamente triste.

De um modo que não posso
mais expressar com palavras;
Todo o meu corpo começa a doer,
tanto que uma pessoa só não
é capaz de suportar.

Cansado de viver esta madrugada,
meu rosto já não transparece mais
o que realmente sou.

Eu já não sou mais o que
realmente lutei para ser.

Criar sorrisos e esconder minhas
fraquezas é algo que não vou
mais fazer.

Viver desta maneira, neste
mundo é a coisa
mais difícil de se fazer.

Se for para receber algo
então que não possa
ser quebrado.

Mesmo que eu chore estas lágrimas
frias, não tenho mais nada a perder.
O amanhã chegará com seu
rosto lindo e desconhecido.

Eu quero tudo e todos,
mesmo sabendo o quão egoísta isso
pode ser.

Eu só espero
que os dias não sejam
mais assim.

Eu quero desaparecer ao
longe, mesmo sabendo
o quanto isso é egoísta.

Eu juro por mim,
eu juro por Deus.

Estas serão
as últimas palavras que escrevo
chorando.

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