domingo, 10 de abril de 2011

Lamento matinal.

Andei ouvindo verdades
que eu não gostaria de ouvir, mas
vou continuar rezando as
mesmas mentiras.

Andei ouvindo palavras
soltas e vazias e
transformei todas numa
verdade que nunca,
nunca vai existir.

Andei ouvindo aquela música, mas
não foi bem culpa minha e
no final, nem valeu
tanto a pena assim.

Andei espirrando muito,
na noite passada e na anterior e
acho que é porque há pessoas
falando ou pensando em mim.

Mas eu estou triste, pois
vejo seu rosto em vários lugares e
não consigo aceitar
esse tal de amor e poxa,
você estragou mais uma, sendo que
eu pedi pra você não estragar.

Mas eu estou feliz, pois
o meu cansaço me deixa com esse rosto,
que agora aparece,
com um tom sereno e
calmo.

E o cansaço foi ganho depois de
eu ter sentido um orgulho muito,
muito forte quando
jogávamos na chuva e
a chuva era densa e
pesada, fria e
os pingos machucavam a minha pele, mas
valeu cada sentimento que senti, que
não andava sentindo.

Poderia escrever mais meio
milhão de coisas,
mas eu estou com sono, então
encerro esse texto com a memória dos
gemidos no porta-malas e
um abraço pra guria do cabelo
com vontade própria.

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