sábado, 23 de julho de 2011

A raposa e o gato.

E se a melodia
se tornar
cansativa demais?

Sou só,
eu, andando
pelas ruas vazias
e frias.

Contemplando a
imensa escuridão em
minha volta e
louvando a pálida
luz do luar.

Procurando por respostas
e perguntas
em túmulos de
felicidade.

Espelho-me
na lua
e mesmo ela
tem seu tempo
de descansar.

E se a lua
se cansar de brilhar?

E se a lua
odiar o sol?

E se ela simplesmente
odiar aquilo
que a mantém
brilhando
por todas as noites?

E se eu...
Talvez este
laço de sangue
tenha sido
involuntário demais.

Mas as
noites têm
sido
melhores e
piores.

Talvez eu
preferisse antes
ou talvez
eu preferisse
muito, muito
antes.

E a qualquer
momento
eu poderia
me ofuscar
pra longe daqui
e talvez
todos deixassem
de lembrar da minha
existência.

Temos esta vantagem,
é só por o terno.

Talvez um dia
diga
meu nome verdadeiro.

Mas por enquanto
continuo me
escondendo
em sombras de
bon vivant.

E talvez
nem queira
consumir meu
prêmio.

E talvez
meu prêmio
nem queira
ser consumido.

Talvez,
e se...

Só um garoto
de sorriso falso
e amarelo no
rosto, mostrando
todo o seu
narcisismo.

Vendo, sabendo e
sentindo o poder
do verdadeiro
sacrifício, que
não é nem de
longe morrer.

Ansiando
pelo descaso e
o descanso
de um chão
gelado,
para assim esperar
até que
a morte venha buscar.

Mas eu ainda tenho
credo,
pois eu já vi
um canino amar
um felino.

E agora, só
espero o tempo
passar...




.

Um comentário:

  1. Dessa vez, não há duvidas em relação ao texto pra mim. Por mais maquiado que fosse, creio que eu entenderia.

    Minha opinião você já sabe.
    Belo texto, só pra variar em!
    ;*

    ResponderExcluir