segunda-feira, 18 de julho de 2011

Ponto e vírgula.

O nome dele
em outra língua
é lindo, meu
melhor amigo,
bah.

Acho que meus
telefones
conhecem
mais lugares do que
eu e
isto é tão, tão,
tão deprimente.

Até o Teddy
ficou
de ponta cabeça, mas
isto é segredo.

Juro, juro
que não ia beber, mas
não tenho culpa.

Mais de cinquenta cervejas
contando as
grátis pro
guri da tatuagem no braço.

Talvez
eu devesse
parar.

Mas, bem,
ainda assim
não confortava.

Eu tinha, tenho
certeza,
mas estou tentando
comprar com
a moeda errada.

Talvez eu quisesse teu ferimento permanente
na testa.

Tem um lado
do mundo
que é lindo, mas
eu não tenho
certeza.

Algumas vezes
todos...
Todos erramos
algumas vezes.

Cada um levava a sua cruz
e descontava
no master card.

Cada qual
ria
enquanto
queria chorar.

Mas meu espírito
estava rezando
para você
ir embora.

Talvez
e só talvez
fosse melhor
da outra maneira, no
fundo
o que tenho em mãos
segura, sangra, meus pés ao chão.

Mas e se todos
contassem a verdade?
Será que tudo melhoraria?
Ou a minha realidade ruiria?

E da minha instabilidade
a tristeza, e é
óbvio
que eu acabo
pensando demais nas coisas.

E as coisas acabam
pensando demais em mudar.

Você me faz pensar...
Faz.
Faz sorrir.

Muitas vezes
estou
errado, mas
errado não é aquele que erra.

Eu vi num filme
dublado e
filmes nunca mentem
pra mim.

Tem um ovo
no quintal e
talvez eu devesse rir, já
que o errado sou eu
e eu
continuo podendo
olhar a todos
nos olhos.

Talvez a minha humanidade
seja baixa, só isso.

E de todos, o que
possui a aparência
mais simpática
e menos cruel
é o que canta
a música do
velho que eu nuca vou saber
o nome.

E ninguém sabe.

Mas é tudo
uma questão
de ponto de vista.

Toda vez que meu
telefone chama
jogo ele
com força na mesa.

Nunca estive tão longe
de casa, mesmo
passando por aqui
todo dia.

Nunca estive tão longe
de mim, mesmo
passando por aqui
todo dia.

E talvez eu sinta saudades
de outra realidade, mas
talvez eu vá sentir
saudades desta realidade.

A realidade é que
na realidade
ninguém sabe o que quer
de verdade.

Talvez a perfeição
realmente não exista e
talvez eu prefira tudo
imperfeito, já
que normal é a última
coisa que você é.

Estas pessoas
e estes lugares, eu
já estou cansado de
ver e
nunca senti
tantas saudades.
Mas quando disse a ela
que era pelo conforto
ela riu e
achou que estava a satirizando.

Ninguém, ninguém
acredita na minha
sinceridade, na minha
cruel realidade.

Talvez seja chocante,
tanto quanto
eu gostar de uma franja, não sei.

Talvez eu queira
apenas trocar os
remédios, por favor.

Os efeitos colaterais
andam horríveis e
eu ando com nojo
de coisas que não deveria.

Talvez isto
seja xilocaína
à abstinência
da xilocaína
que só você
possui na composição.

Guardo na boca
o gosto do teu beijo.

Minha cabeça dói
e eu preciso descansar,
não aguento mais
esta vida que
me venderam a preço injusto.

Amanhã
volto a trabalhar
pela droga
tediosa
que eu amo.

De problemas por aqui
já basta eu.

Um comentário:

  1. Incrível, vc escreve sempre coisas das quais me identifico muito. Encontro muita semelhança entre seu blog e meu caderno (diário). *-*

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