As redes sociais tentaram mapear meus sorrisos,
tentaram mapear meus interesses;
Tentaram mapear meus caminhos;
Tentaram mapear minhas idéias;
Tentaram mapear meu olhar;
Tentaram mapear meu rosto;
Tentaram mapear minha libido;
Tentaram mapear meus gastos;
Tentaram mapear meus momentos;
Tentaram mapear minhas horas;
Permiti que me mapeassem inteiro
em troca de pequenas caridades.
Em troca de assustos de elevador,
da satisfação de receber algo em troca.
Um curtir ou dois.
Em troca de aceitação.
Não culpe os novos tempos.
A culpa é tua, a culpa é minha.
A nossa carência gerou um enorme banco de dados.
Deus queira que daqui a 50 anos o google nos venda um
livro de luxo com as nossas memórias e foto na capa.
Quando isso acontecer, deixe teu celular em
casa e me faça uma visita.
Vamos juntos pedir aquela velha pizza,
uma meia calabresa, meia mussarela...
Em um orelhão abandonado,
em uma rua fria.
Rezaremos então, para que a comida chegue,
enquanto relembramos tudo que queríamos ter
sido, feito.
Para que talvez, possamos recomeçar...
A mapear e fazer
tudo aquilo que não podemos
ser.
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